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O X DESPERTAR X SOMBRIO
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Em um universo paralelo de Hunter x Hunter, a humanidade enfrenta uma terrível ameaça vinda do misterioso Continente Negro. Uma expedição liderada pelo Reino de Kakin desencadeou uma guerra brutal contra criaturas humanóides daquele território desconhecido, levando à extinção da maioria dos poderosos hunters. A única esperança recai sobre o décimo sexto presidente da Associação Hunter, Shinji Endo, e seus leais "Doze Zodíacos".

Enquanto as poderosas Famílias da Máfia consolidam seu domínio sobre os continentes e utilizam as Bestas das Sombras como seus instrumentos de controle, o mundo está mergulhado no caos. Shinji Endo anuncia o Exame Hunter, uma oportunidade de reunir hunters corajosos para lutar contra as abominações do Continente Negro.
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[Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros


[Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por The King Qua Out 18, 2023 12:39 am

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Durante a invasão do Continente Negro, a Trupe Fantasma se mostrou determinada a proteger a Cidade Meteoro. Eles avançaram corajosamente para a linha de frente, enfrentando os invasores com feroz determinação. A batalha foi feroz, e embora tenham feito progressos significativos, o preço foi alto. Metade dos membros da Aranha acabaram sendo dizimados no confronto. Apesar das perdas devastadoras, a Trupe Fantasma conseguiu cumprir sua missão de conter a invasão. Após a sangrenta batalha, eles tiveram apenas dois dias para se recuperar antes de partir em direção a Yorknew, onde venderiam os espólios provenientes de saques e roubos dos cadáveres das criaturas do Continente Negro.

Enquanto faziam o trajeto, a Trupe foi emboscada por uma coalizão de caçadores, mafiosos e Bestas das Sombras, todos a serviço dos Dez Dons. A luta que se seguiu foi de proporções épicas, e os membros da Aranha demonstraram mais uma vez sua coragem inabalável, lutando com toda sua capacidade.

Entretanto, a desvantagem numérica, a exaustão dos ferimentos provenientes da batalha anterior e o elemento surpresa da emboscada se mostraram formidáveis. A Trupe Fantasma acabou sendo derrotada. O rosto de felicidade e regozijo dos mafiosos e mercenários ao verem os cadáveres dos membros da Aranha refletia uma vitória tão significativa que parecia uma afronta aos destemidos criminosos. Eles não apenas tinham obtido uma vitória, mas haviam conseguido derrubar os lendários membros da Trupe Fantasma, os criminosos mais procurados do mundo. A Aranha havia sucumbido a emboscada, com a morte de vários de seus membros. Os oponentes celebravam sua conquista, alheios as profundas mudanças que aquela batalha teria sobre o destino de Jackpot, o último membro remanescente da Trupe Fantasma. Seu destino estava prestes a tomar um rumo inesperado e desafiador.

Jackpot sabia que o fim da Trupe Fantasma não significava apenas a perda de seus aliados, mas também o desaparecimento de uma parte vital de sua própria identidade.

Para sobreviver, ele teve que adotar um plano astuto e arriscado. Jackpot conseguiu forjar sua própria morte no meio do caos da batalha e desaparecer na escuridão da noite. Ele escapou para os esgotos de Yorknew, onde permaneceu escondido por dias, curando suas feridas e reunindo forças. Mas, o homem estava longe de se render, pois ele era o último remanescente da Trupe Fantasma, e o espírito da Aranha queimava mais intensamente do que nunca em seu interior. Embora estivesse sozinho, ele não se considerava derrotado. Pelo contrário; estava determinado a cumprir uma missão que ele sabia que era o verdadeiro legado e o último trabalho que seus companheiros mortos deixaram: a reconstrução da Aranha.

O último das Aranhas arquitetou um plano ambicioso. Usando sua licença Hunter como credencial, ele assumiu o controle de um luxuoso arranha-céu na cidade e fez desse edifício um ambiente impenetrável. Matando todos os funcionários e hóspedes durante o processo, reivindicou o local como sua base de operações. Utilizando novamente sua licença hunter e sua inteligência afiada, Jackpot invadiu o website da Taverna do Hunter. Lá, ele fez uma busca meticulosa para identificar candidatos adequados a se juntarem a Trupe Fantasma ressurgida. Então, enviou convites enganosos, prometendo duas semanas de estadia gratuita no luxuoso hotel, além de ofertas tentadoras e mentirosas sobre refeições gratuitas e entretenimento sem igual. No entanto, os convidados estavam prestes a descobrir que essa oferta incrível era apenas o primeiro passo em direção a um destino mais obscuro e perigoso do que qualquer um deles poderia imaginar. O plano mestre da Aranha Remanescente estava em andamento, e o mundo estava prestes a testemunhar o renascimento dos criminosos mais notórios.

A realidade cruel se revelará quando eles chegarem ao hotel e perceberem que estão trancados em um cenário aterrorizante. Ao invés de desfrutar de conforto e diversão, os candidatos se encontrarão em meio a um pesadelo cruel, um torneio sádico de vida ou morte. Aquela oferta incrível era, na verdade, o primeiro passo em direção a um destino obscuro e perigoso que nenhum deles poderia ter previsto.

A Aranha viverá novamente.

Instruções:


Última edição por The King em Qua Out 18, 2023 3:45 pm, editado 3 vez(es)
                          
 
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Michi Qua Out 18, 2023 2:44 am


Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.
Coríntios 5:7
A minha jornada é peculiar, pois fui criado sob os cuidados zelosos das irmãs da igreja. Desde os meus dias de infância, minha vida estava imbuida com as palavras sagradas das Escrituras, e as irmãs da igreja foram minhas guias, como os anjos que pastoreiam as ovelhas do Senhor.

Em minha juventude, eu era um receptáculo de generosidade e otimismo. Minha alma refletia a pureza do espírito, e eu estava sempre pronto a estender a mão ao próximo, como um servo do Senhor que busca espalhar Seu amor e misericórdia. As lágrimas de outros eram as minhas, e a carga de seus fardos era por mim suportada com gratidão.

Entretanto, a sombra de uma terrível tragédia pairou sobre a igreja, e meu coração inocente foi envolvido por uma névoa sinistra. Eu erroneamente interpretei aquele evento como uma revelação divina, acreditando que havia sido escolhido pelo Senhor para sobreviver e ser responsável por purgar o mundo de seus pecados e iniquidades. Essa missão, como imaginei, deveria ser executada com austeridade e determinação, como a chama do juízo final.

A comunhão e a convivência foram deixadas para trás, enquanto me refugiava na solidão, buscando a compreensão das profundezas obscuras de minha própria alma. E, ao me distanciar das angústias e aflições dos outros, minha empatia murchou como uma folha no outono, e minha mão estendida transformou-se em um punho cerrado pronto para purgar.

Numa noite sombria, atrás de minha jornada, Deus me guiou até um local para testemunhar um ato de crueldade, onde três homens abusavam de uma mulher indefesa, explorando sua vulnerabilidade. Meu coração, endurecido por experiências passadas, não pôde permitir que a maldade prevalecesse. Assumi o papel que acreditava ser meu dever divino, confrontando aqueles agressores com fúria em meus olhos e determinação em minhas mãos.

Com meus punhos nus, a justiça recaiu sobre os opressores, provavelmente o Diabo estava dando pulos de alegria esperando para recebe-los em sua casa. Um tumulto sombrio de violência seguiu-se, e o sangue deles manchou o chão frio da rua. Enquanto os ecos dos gritos ecoavam no vazio, a mulher indefesa encontrou refúgio e segurança, mas diferentemente do que pensei ela não agradeceu por ajuda-la, apenas correu com medo de mim e me olhando como se eu fosse um demônio, mas mal sabia ela que eu era apenas o juiz do céu que havia sido enviado para a terra na intenção de purifica-la.

Em seguida, ajoelhei-me junto aos caídos, fazendo uma oração em tom solene. Era como uma oferenda, um ato que buscava redimir não apenas os agressores, mas também a escuridão que residia em meu próprio coração depois daquela fatidica noite.

Após o ato que marcara o meu caminho com sangue, era chegado o momento de buscar a purificação e a redenção nas águas banhadas pela luz da lua. Dirigi-me ao rio mais próximo, onde as águas correntes ofereciam a promessa de limpeza e renovação.

Com o corpo mergulhado na correnteza, comecei a lavar os vestígios sombrios que maculavam minha pele. Cada gota de água que tocava meu ser parecia levar consigo parte da escuridão que eu mesmo havia invocado. Enquanto os longos cabelos negros escorriam o sangue que haviam absorvido, uma sensação de purificação tomou conta de mim, porém o medo existente em meu amago aumentava, afinal estava gostando do sabor da morte dos pecados —— Espero que vocês estejam orgulhosas irmãs, essa é a minha vingança na terra! —— Clamei em meio ao luar para aquelas que estavam agora no céu acompanhando minha jornada.

No outro dia minha jornada silenciosa por York New, apesar de minha natureza transformada e minha busca por redenção, não me impediu de reconhecer o mal que permeava o mundo à minha volta. O mundo corrupto e suas ações pecaminosas continuavam a me enojar, mesmo que eu estivesse determinado a mudar a própria trajetória do mundo.

Foi durante esse vagar que algo inusitado capturou minha atenção. Um estabelecimento frequentado por caçadores e indivíduos do meio emanava um burburinho que, por si só, era uma afronta aos meus ouvidos sensíveis e cultos. Contudo, o que verdadeiramente me fez parar foram as palavras "entretenimento sem igual e fartura de alimentos" que ecoavam pelo ar.

Essas palavras eram como punhais que perfuravam meu coração. O "entretenimento sem igual" soava como a celebração da depravação, enquanto a "fartura de alimentos" remetia à luxúria desenfreada. Esses eram dois dos pecados que eu não conseguia ignorar, não importa quão longe eu tenha que cair no abismo de minha própria escuridão.

Um fio de determinação se acendeu dentro de mim. Eu sabia que, mesmo que minha jornada de redenção fosse solitária e obscura, eu não poderia permitir que o mundo continuasse a afundar na decadência.

Com as palavras de súplica e determinação ecoando em minha mente, "Que Deus me abençoe e olhe por mim", eu me dirigi ao luxuoso arranha-céu na cidade, onde o evento de "entretenimento sem igual e fartura de alimentos" estava prestes a acontecer. A esperança de purgar todo aquele mal fazia com que eu permanecesse com um estranho sorriso em meus lábios "O que eu estou me tornando?" O medo do desconhecido me assombrava, mas ainda sim não era capaz de atrapalhar os planos que Deus tinha para mim, eu iria mudar o mundo da minha própria forma e dedicaria minha própria vida nesse projeto de purificação.

Adentraria o saguão com passos decididos, ciente de que estava prestes a enfrentar aqueles cujos corações estavam imersos na corrupção. Minha missão, pelo menos na minha visão deturpada, era purgar o local dos pecadores, na esperança de que eles encontrassem redenção e transformação, visaria me encostar em alguma das paredes próximas aos sofás para que pudesse ter a visão mais ampla de minhas presas.
                          
 
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Jean Fraga Qui Out 19, 2023 1:33 am

Normalmente estaria animado com as luzes que notava brilhar atrás das montanhas, mas em dias como este, não havia outra opção senão ficar em alerta, estava chovendo... e dias chuvosos eram especiais para mim, mas não de uma forma boa. Era acendendo meu primeiro cigarro do dia e mantendo-o em minha boca que agachava nos joelhos, ficando mais perto de uma poça d’agua, por ela podia ver meu cabelo que se mantinha arrumado – Tsc – Já previa que algum fio de cabelo sairia dos eixos e o estresse ia crescendo em minha cabeça.

A passos curtos eu caminhava pelas ruas de Yorknew, cidade que já havia visitado algumas vezes, infelizmente desta vez estava chovendo e tomava o maior cuidado para que as gotas de chuva não bagunçassem meu lindo e harmonioso topete. Além disso levantava as golas da minha jaqueta, usando-o quase como um sobretudo para diminuir as ondas de vento contra mim.

Meus sentidos até o presente momento estavam a flor da pele e minha mente se desgastava mais do que o normal, até que pausava a passada mantendo um pé suspenso, olhando para o beco a minha direita e vendo um dos meus amigos, meus olhos se arregalavam e ele parecia estar bem ali, vivo, com aquele alegre sorriso.

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Era me aproximando que as luzes a sua volta pareciam diminuir, sua cor sumia como se ele fosse feito de trevas, seus cabelos começavam a se levantar e seus olhos ficavam em um tom branco igual gelo – PORQUE VOCÊ SOBREVIVEU?! PORQUE VOCÊ NÃO VEIO NO MEU LUGARRR!! – Não era a primeira vez e nem seria a última, mas porque toda vez era como se fosse a primeira? – Desculpa, um Deus não está destinado a morrer, afinal, quem vai comandar tudo? – Mostrava o dedo do meio para a assombração e virando de costas partia dali.

Era quando um envelope lentamente caia do topo do prédio exatamente nos meus sapatos, agachava pegando o papel e logo abrindo-o, o conteúdo era nada, estava em branco e me aborrecia, mas logo percebia que estava tentando ler no lado errado, virando notava uma ar- um amontoado de letras.

Não era de negar convites como este e mesmo nenhum pouco disposto eu partia para o local, em silencio, na minha, pensando se minha fama havia crescido e finalmente estava sendo reconhecido por quem era. Chegava a frente do arranha-céu, analisando seu exterior adentrava no saguão, onde iria aguardar momentaneamente.
                          
 
                             Jean Fraga                         
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Jean Fraga
                           
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Souji Qui Out 19, 2023 8:14 am






ㅤ  ㅤㅤ Os arranhacéus de cimento que se erguiam naquela cidade eram intimidadores. Yorknew era com certeza luxuosa, seus habitantes eram pessoas vazias que preenchiam-se com futilidades. Não foi a minha primeira vez ali; lembro-me de uma tour que havia feito com o circo que ficamos por uma semana. Não eram memórias boas; tinha sido a primeira vez que vislumbrei uma cidade tão rica e tive choque de realidade quanto as discrepâncias sociais que existiam: como poderia tanta gente ter tanto enquanto outras pessoas, semelhantes, passarem por tanta precariedade na Cidade Meteoro? Essa realidade cruel ficou estampada quando percebi como que éramos tratados por aquela gentinha mesquinha; as pessoas pagavam pelas nossas apresentações, riam, e no fim, desmereciam como se não fossemos iguais a elas ━ como se não fossemos humanos. Éramos todos tratados como "aberrações", como se não tivéssemos alma.

ㅤ  ㅤㅤ Não éramos nós que não tínhamos alma; eles que nunca haviam tido um coração.

ㅤ  ㅤㅤ Anos se passaram, e agora, retornando ali, percebo o quão bem a cidade acolheu o meu novo eu. Estava oco, vazio, como os demais habitantes dela. Fui completamente envolvido pela penumbra que se manifestava em cada beco escuro que ramificava dali. As outras ruas eram barulhentas demais; infestadas de pessoas e automóveis que poluíam o ar e o som.   Pedi que um taxi me guiasse até o endereço indicado pela carta; que eu tanto carregava em mãos procurando entender do que se tratava. Obviamente, estava usando uma máscara higiênica e uma luva; não adentraria um taxi desprotegido das bactérias que devem permear ali.

ㅤ  ㅤㅤ Era no mínimo suspeito. Foram cinco anos de investigação e estudo, mas eu nunca tinha encontrado nenhum tipo de pista daquilo que eu tanto buscava. Receber uma carta foi curioso; eu não sabia de quem era carta, poderia ter sido de qualquer um ━ incluindo dele.  A cada minuto eu sentia um frio na barriga, uma ansiedade inexplicável. Percebi que o taxista sempre olhava desconfiado pelo retrovisor, todos naquela cidade estavam sempre na defensiva, desconfiados. Após alguns minutos finalmente alcancei o local marcado. Era um dos prédios luxuosos. Debaixo de um guarda-chuva, sai do automóvel e me dirigi ao saguão, atento, observando cada detalhe e cada pessoa que ali estava. Eventualmente, concentrei  a aura diante dos meus olhos através do Gyo. Quis verificar se existiam outros usuários de nen ali, ou se existiria, por exemplo, alguma armadilha ou algo oculto que não poderia ser visto. Após verificar cuidadosamente me esgueirei pelos cantos e os corredores, a procura de um banheiro. Mas obviamente antes disso neutralizei a minha aura através do Zetsu, para não chamar qualquer atenção. Ainda atento, em busca do banheiro, procurei assimilar corredores e potenciais rotas de fuga caso fosse necessário, além de investigar coisas que fossem importantes.

ㅤ  ㅤㅤ Encontrando o banheiro mais próximo, poderia finalmente aliviar minha necessidade de lavar as mãos e limpá-las. Eu não gostava daquela cidade. Por mais que ela se sentisse superior, as pessoas pareciam ser mais sujas ━ e, em cada esquina, havia também o fedor que lembrava da cidade meteoro. Tendo me higienizado, voltaria ao saguão, usando ainda a máscara higienica e luvas. Me posicionaria próximo ao grupo de pessoas mais próximo de uma das janelas; uma rota de fuga que poderia ser utilizada.

ㅤ  ㅤㅤ E ali, pacientemente, esperei.



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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Luka Kagane Qui Out 19, 2023 1:40 pm


A Carta Misteriosa



Era uma tarde comum, o sol brilhava pela janela e um jovem garoto de cabelos loiros estava na cozinha, usando seu avental branco e chapéu. Mostrando sua habilidade, ele decorava uma torta de morango, com um creme leve ele colocava espirais no topo da torta com alguns toques finais.


Luka passou o ultimos dias procurando pistas sobre seus pais, tudo que sabia era que os dois tinham carteiras Hunter, depois de encontrar seu mestre Nen, sua busca teve grandes avanços. Seu mestre consultou vários informantes e descobriu algumas coisas interessantes. Sua mãe era uma Hunter Gourmet, não era muito famosa e não estava na ativa há algum tempo, entretanto seu pai era um Hunter de Informação, e vendia informações no mercado, suas ultimas vendas foram um total de 13 clientes em Yorknew, algo que chamou atenção foi a data dessas transações, a ultima deles foi 4 dias antes da suposta morte de seus pais. 


Ele ainda lembrava daquele dia, três anos atrás, seus pais deixaram o garoto em casa para uma viagem de negócios em Yorknew. Luka recebeu uma ligação do advogado da família explicando que seus pais tiveram um acidente de carro no caminho de volta. Luka dedicou seu tempo nos ultimos três anos, investigando o que aconteceu e hoje, por alguma coincidência do destino, uma carta misteriosa chega em sua casa.


Um convite, endereçado ao seu pai, o local de encontro era Yorknew. Um convite prometendo duas semanas de estadia gratuita no luxuoso hotel, além de uma promessa de negócios. Tentador demais para recusar, quem mandou aquela carta certamente conhecia seu pai, e provavelmente não sabia de sua morte, por isso é seguro concluir que não estava envolvido.


O som de chuva batia no vidro do carro, enquanto um garoto solitário olhava pela janela, vendo o cenário da cidade grande; Era viva, cheia de luzes, cores e pessoas de todos os tipos, mas ao mesmo tempo passava um ar solitário. O jovem carregava o convite que recebeu, junto com a licença Hunter de seu pai, vestindo roupas em tons de amarelo e dourado, uma pequena coroa presa em seus cabelos loiros, e um guarda-chuva transparente em mãos.


O carro desacelera e para lentamente em frente ao arranha-céu, o local descrito no envelope. Depois de pagar o motorista, que cobrou estúpidamente caro, provavelmente querendo tirar vantagem de um garoto jovem turista na cidade grande, Luka sai do carro, abrindo seu guarda-chuva. Respirando fudando, em passos largos e com um sorriso brilhante no rosto, começa a andar em direção ao saguão principal. 


As gotas de chuva batendo no seu guarda-chuva paravam gradualmente quando ele entra no arranha-céu, fechando o guarda-chuva e sacudindo levemente fazendo as gotas de chuva cair no carpete de entrada, o jovem deixa o seu acessório ainda molhado no canto e anda em passos largos ao centro do salão, seus sapatos tinham um curto salto e a capa de cor caramelo em seus ombros balançava levemente enquanto o jovem andava, olhando para o ambiente Luka coloca suas mãos na cintura e fala com confiança em um tom energético.



— Esperava mais de uma recepção de luxo, onde está o mordomo?


Andava em passos confiantes inspecionando o lugar, todos os presentes pareciam convidados e nenhum servente ou membro da recepção parecia estar próximo, colocando as mãos próximas a boca para gerar um eco, o jovem fala novamente.




— ~Alô, Alô~ Alguem pode me dizer onde está o buffet?


O jovem ainda aguardava sua resposta, mas parecia que ninguém o dava ouvidos.
                          
 
                             Luka Kagane                         
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Shinra Qui Out 19, 2023 5:23 pm


長谷川
長谷川
Hasegawa Kenji


— 18:05. Meteor City.
O silêncio sufoca um pouco o meu ser. Algo dentro de mim grita por algum tipo de euforia. O trauma tem se tornado constante; desde o noticiário da cidade local expelir casos repentinos de invasão a domicílio, o meu peito grita por respostas. Será que finalmente estou perto dela? É o que grita o meu estado de espírito, preso em um objetivo.

Saber o que de fato aconteceu, oito anos atrás, naquele quinze de fevereiro que me trouxe um gosto amargo.

O homem que divide o café comigo na cafeteria, ao lado, sentado em um balcão de madeira achatada, me traz à tona — Ei, cara. O seu café vai esfriar — disse em um tom abafado, sem que eu percebesse que o bolso da minha calça, fosse presenteado com um bilhete.

Eu respondo com um aceno, sem interesse. Minutos depois, o último gole do descafeinado vem numa dose de culpa que eu até hoje tento entender, instigado pelas notícias semelhantes ao ocorrido oito anos atrás.

METEOR CITY — últimas notícias!
‘’De acordo com a polícia local, a segurança da cidade tem ficado cada vez mais questionável. Foram sete mortes confirmadas a invasões a domicílio, sem uma suspeita até então resolvida. A delegacia de Meteor City está buscando por respostas, mas até então nada foi confirmado. Nos últimos sete dias, três famílias foram brutalmente assassinadas a sangue frio, sem uma suspeita ou motivo. A prefeitura da cidade recomenda que você mantenha sempre, a sua porta trancada.’’

Trancada. Porta Trancada.

Isso se repete constantemente em minha mente.

Porta. Trancar a porta. Trancar a porra da porta.

— Sr.? — Perguntou o taxista, novamente, me trazendo à tona. — Para onde devemos ir? — Disse. O bilhete antes deixado, agora esvoaçava para fora do tecido de couro branco da minha veste inferior, me levando a ser atraído a ele. Ao abrir e ignorar por alguns segundos a paciência do motorista, meus olhos ensandeceram a ter agora um caminho a seguir.

— Conhece esse lugar? — mostrei o devido endereço ao rapaz, apagando o que estava escrito por cima com o dedo polegar. — Tenho ideia sim, levei alguns passageiros até lá, por perto. É o trajeto que o senhor deseja? — Perguntou novamente, com a minha afirmação logo em seguida.

‘’Oi, Hasegawa.
Ou melhor, último Hasegawa. Como tem sido seus dias, depois de oito anos? Suponho que agonizante.
Para tentarmos aliviar um pouco a dor que te causamos no passado, aqui está um pouco do nosso arrependimento. Águas passadas, espero?

Cartão-Convite do Resort — com esse cartão, você se beneficia do melhor desconto de férias ao nosso clube secreto! Um hotel cinco estrelas no décimo andar, te espera com direito a aperitivos e muito mais! Utilizando desse cartão-convite, sua estadia é gratuita.

PS: Pega leve no café da próxima vez.’’


— Resort Arranha-Céu, horas depois.
A luz noturna daquele táxi me guiou, aquilo era claramente um tipo de ameaça disfarçada. Meus olhos por baixo do óculos, escreviam fogo em sua íris; o gatilho foi acionado.

Ao sair do carro, um ajuste no terno. Olhando o local, pude notar a certa vaidade pairando naquele lugar. As pessoas passavam a impressão de esconderem as mentiras mais sujas por baixo de suas vestes, mas aquilo era ironicamente um reflexo sobre mim — afinal, eu também tinha os meus segredos. A diferença era que, olhando a grama do vizinho, parecia muito mais… suja.

Entrando no hotel, ofereci o cartão à recepcionista. — Hasegawa Kenjiro. Empresas Hikari Ltda. — Meu coração estava bem acelerado, como se eu sentisse que as respostas iriam começar a talvez finalmente desenhar um quebra-cabeça sendo questionado a oito anos, naquele arranha-céu.

— Pode aguardar no saguão, sr. Hasegawa — ela afirmou, e foi o encalço que eu desencadeei.

Minha surpresa foi o número de convidados a se dirigirem ali. Eram também vítimas dos atentados? Ou tudo fazia parte de uma maneira de terminar o trabalho? Todos ali me passavam a impressão de que viveram coisas muito específicas, como se fazer lavagem de dinheiro fosse pouco, fitando alguns rostos novos.

Me sentei no sofá que combinava com o branco da calça de couro, aguardando qualquer movimento estranho. Essa poderia ser a palavra exata para definir tudo que estava acontecendo: estranho.

E o meu peito gritava por respostas. O desgraçado que havia armado aquilo definitivamente sabia como clamar pela minha atenção.
                          
 
                             Shinra                         
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Agony Seg Out 23, 2023 10:42 pm

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Trupe FantasmaLil Mayer
— Propósito.

Buscava, mesmo que de forma inconsciente, algo para me agarrar, e, talvez, chamar de meu. Entre as incontáveis madrugadas gélidas passadas sob o céu aberto, via-me encarando a lua, tão distante no céu, em busca de um porquê. Me perguntava o motivo de estar tão distante das estrelas, de ter sido rejeitada pelo que está em cima e abaixo de meus pés. Os olhares inexpressivos mesclavam-se com os trajes negros enquanto meu passar sutil rasgava a noite em um assobio sinistro. A carta entregue fora colocada em minhas mãos, e mais um peso punha-se sobre os meus ombros, já há tanto tempo fadados a uma desgraça incomensurável.

Suspirei, contendo o ar de meus pulmões enquanto fixava os olhos sem vida no convite misterioso. Eu gostaria de largá-lo, e simplesmente deixar tudo para trás, mas não havia mais opções para mim. Eu havia passado pelo pior, e não tinha mais nada a perder. Pousei a mão destra sobre o peito, sentindo a pressão que a maldita doença exercia sobre a carne já maculada pelo pecado antigo; Pelo peso de uma culpa que não é minha. Eu lavava as minhas mãos para me redimir de erros que nunca cometi.

Quando o ribombar dos trovões distantes em minha mente cessaram, desloquei-me, de forma hesitante, em direção ao local destinado pelo convite. Olhava ao meu redor, vendo-me solitária, caindo para sempre em um abismo cada vez mais fundo, sem chance de retornar. Ainda que meu rosto demonstrasse indiferença tanto quanto a minha mente, no fundo, a minha alma parecia gritar por liberdade. Eu estava presa a uma maldição de vingança, uma vida vazia e sem direção. Mas, talvez, eu pudesse ter a chance de subverter as desgraças e transformar este peso em fortuna. Era mais uma chance de me aproximar da luz — Uma última chance para poder respirar, ao menos, uma única vez em minha vida, um ar puro que não estivesse impregnado pela minha mácula invisível.

O arranha-céu era imponente e se punha como um construto colossal a minha frente. Não ousei erguer os olhos para verificar até onde o edifício chegava. Eu não queria me sentir ainda menor ao vê-lo tocando os céus. Se até algo como aquilo poderia alcançar os nuvens, então porque eu havia sido condenada a vagar por este inferno sem fim? Não compreendia, e minha mente lutava para ignorar. A minha dualidade não me permitia me importar ou descartar estas reflexões vagas; Eu as considerava, sem emoção ou objetivo. Não sentia nada - Não poderia sentir. Felicidade ou medo, raiva e tristeza. Nada disso mais me pertencia. Meu coração foi roubado de mim.

Adentrei no prédio, mantendo as mãos ocultas nos bolsos de minha jaqueta. A cabeça de olhares cabisbaixos, e os passos leves se direcionaram ao saguão indicado, onde permaneceria, à espera da luz. Não, o que eu estava pensando?

Não havia luz. Nunca houve.
Por favor, Mayer...Esqueça isso!

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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Faktor Ter Out 24, 2023 1:57 am

Mil  Andares Rubros

Fazia muito tempo desde a última vez que me interessei por algo. Meus últimos anos foram vagos e sem muita importância, fiz o que precisava quando precisava e não me arrependo de nada. Receber esse convite tão descarado era no mínimo algo para se tirar algumas risadas, afinal, quem não percebesse o quão falso era não deveria tê-lo em mãos… Porém, também me despertava uma curiosidade para saber quem está por trás dessa ação, afinal, para chegar até mim, não pode ser algo qualquer…

- "É... Talvez seja uma forma de testar novas experiências. Não tenho nada melhor pra fazer mesmo…" - Deixava a carta de lado, batia um pouco nos moletom que vestia (Considere as roupas inteiramente pretas.) para tirar um pouco da poeira, levantava meu capuz cobrindo todo o meu cabelo e puxava puxava minha máscara enquanto saía do beco em direção ao local, com ambas as mãos no bolso.

Mesmo que o caminho parecesse longo, a pressa estaria longe de ser uma de minhas preocupações. Não podia dizer que aproveitava cada segundo do momento, mas era um tempo a mais para pensar e rever tudo que já passou, pensar no futuro, mesmo que faça isso todos os dias, sua percepção sempre muda com o passar do tempo… - "Não sei o quanto posso confiar em quem mandou esse convite, mas não deve ser nada demais… No pior dos casos essa vida de merda finalmente acaba…" - Pensando assim, tentava estabelecer uma relação de distância se baseando na geografia da cidade, visto que já vivia a alguns anos vagando pela mesma, teria informações suficientes em meu cérebro para formular esse "mapa mental" em minha mente, analisando a distância até o local em relação à minha pessoa, buscando o melhor caminho para agilizar logo as coisas.

Não diria que ficava surpreso ao ver o local, mas certamente não esperava uma estrutura tão grande se fosse me basear no "convite" recebido, o local podia não estar tão bem cuidado, mas ainda era uma estrutura imensa. Adentrava ao saguão com a guarda alta, mantendo atenção em todos os locais possíveis e não deixando passar sinais de Nen pelo ambiente, gostaria de ter certeza de se estaria ou não sozinho. Não diria nada muito menos faria movimentos brutos, mas me deslocava até o ponto que pudesse perceber algo ou até a hora que alguém se anunciasse. - "Vejamos o que me aguarda…" -

Legenda:
- Falas. -
- "Pensamentos." -
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por The King Dom Out 29, 2023 1:29 am

Mil x Andares
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Jackpot aparece, revelando que o convite serviu como contexto para atrair o máximo de assassinos e caçadores para um violento embate contra as máfias de Yorknew.

O saguão do prédio emanava um silêncio fúnebre; ocasionalmente cortado pela chegada dos convidados. Um a um, adentrando o edifício com o convite em mãos, tão perdidos quanto os que já estavam ali dentro.

Dentro, haviam mais ou menos alguns duzentos convidados.

Não havia ninguém ali para recebê-los, nem mesmo o recepcionista do hotel estava presente. O que já cheirava mal, começava a apodrecer.

Todos se olhavam com desconfiança, temendo pela eminente emboscada que se desenhava perfeitamente até o dado momento. Os convidados mais cautelosos trataram de se sentar ao bar, puxar uma garrafa de vodka presente ali e se embebedar à espera de algo; os mais esquentados rasgaram o convite e decidiram ir embora do saguão.

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- ...me digam, vocês estão com sorte hoje?

Uma voz rouca e irônica rasgou o véu do cômodo, trazendo a atenção de todos para a fonte da mesma - as escadas. Passos firmes e lentos entonavam cada vez mais alto, até que a figura se revelou.

Um homem alto, esguio e de aparência requintada - era quase como se fosse um homem da máfia... porém, sua aura era densa e maligna - ecoava pelos quatro cantos do saguão, traduzindo a intenção de matar proveniente daquela figura estranha.

Ele caminhou lentamente em direção aos homens que estavam perto da porta de saída, trespassando os convidados mais avançados, sem nem ao menos piscar.

Repousou a mão no ombro dos dois indivíduos que estavam promovendo aquela algazarra e, então, pronunciou lentamente.

- Vou perguntar novamente: vocês estão com sorte hoje?

Não houve resposta.

Mas não precisava.

Duas máquinas de cassino surgiram - uma no ombro de cada um dos homens - tais máquinas começaram a girar as três opções em uma velocidade crescente.

- Meu nome é Jackpot. Vocês têm cinco minutos para ouvir algumas instruções.

Pausou brevemente para tragar o charuto que ostentava entre os dedos da mão esquerda.

- Esse hotel serve como fachada para o depósito de ouro de algumas famílias aliadas. O cofre fica por aqui em algum lugar dentre todos esses cem andares. A questão é, estou disposto a dividir o prêmio com os sobreviventes.

Os convidados começaram a murmurar entre si ao término da frase. "Sobreviventes". Tal termo soou muito mal.

- Ah, mas não sou eu quem irá matar vocês. Nós somos amigos, grandes amigos. Na verdade, nós teremos inimigos em comum. Porque a máfia está vindo para cá com toda a força policial de Yorknew. Eles só descansarão após a morte de todos os presentes nesse saguão.

Pausou novamente para exalar a fumaça.

- Quatro minutos. Vocês têm quatro minutos para bolar alguma estratégia, formar aliados, preparar vossas armas... tanto faz. Com o fim desse tempo, a energia do prédio será cortada e nós lutaremos às escuras contra indivíduos em vantagem numérica.

Os homens que foram afetados pelo hatsu do outro, pestanejaram antes mesmo do término da fala dele. Correram atravessando a porta de saída, contrariando o discurso do anfitrião.

Não deram dois passos e foram explodidos de forma violenta, esguichando sangue pela fonte d'água frontal ao edifício. Os mafiosos que cercavam as ruas próximas perceberam aquela explosão e deram ordens para começar o ataque ao prédio.

Dois minutos.

O homem esguio riu perversamente, então se deslocou de volta para as escadas, subindo degrau por degrau lentamente.

- Hoje não é o seu dia de sorte.

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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Michi Dom Out 29, 2023 4:31 pm





— Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado.

Com a postura ereta e os olhos vigilantes, observei atentamente todos os que adentravam o imponente arranha-céu. Minha experiência com os pecadores, adquirida ao crescer nas fileiras da igreja, concedeu-me uma habilidade peculiar: a capacidade de discernir os pecados das pessoas apenas por seus semblantes e aparências. Era como se seus pecados estivessem escritos em seus rostos, visíveis a olhos treinados como os meus.

Alguns eram praticantes da luxúria, exibindo roupas provocantes e olhares cobiçosos que traíam sua verdadeira natureza. Outros, pela obviedade de seus pesos excessivos, eram visivelmente gulosos, entregues à indulgência de seus apetites. No entanto, o que me perturbava profundamente era a esmagadora presença da avareza entre aqueles que se reuniam ali. Era como se o desejo insaciável por riqueza e poder tivesse corroído suas almas, transformando-os em servos do pecado.

Enquanto observava aquelas almas perdidas, em sussurros e preces silenciosas, eu me dirigia a Deus, pedindo que Ele pudesse perdoá-los. "Senhor, olhai por estas almas perdidas. Vossos filhos se afundaram no abismo da avareza, e seus corações estão obscurecidos pela cobiça. Derramai Vossa misericórdia sobre eles, ó Pai, e mostrai-lhes o caminho da redenção. Guiai-me, para que eu possa purificar este lugar e trazer a luz da justiça divina para essas almas em trevas."

A tensão no ar era palpável, e eu sabia que a noite que se desenrolaria seria um teste tanto para mim quanto para aqueles cujos pecados eu buscava expurgar. Minha jornada de redenção e purificação estava em um ponto crítico, e a escuridão que eu enfrentaria era mais profunda do que eu jamais poderia ter imaginado.

A figura que se aproximava, descendo as escadas com uma aura assustadora, era como nenhuma outra que eu já tinha visto. Enquanto observava o homem, não pude deixar de sentir que ele era a personificação de todos os pecados conhecidos pelo homem. Sua presença emanava uma escuridão que parecia tocar cada canto do recinto.

Ao me concentrar em sua presença, um arrepio percorreu minha espinha, e a lembrança de lendas antigas se fez presente em minha mente. A ideia de que aquele homem pudesse ser a personificação do maior pecador da história, Lúcifer, não era algo que eu pudesse ignorar. As histórias que diziam que Lúcifer vagava pela Terra em busca da verdadeira purificação de sua alma traidora vieram à tona, ecoando em minha mente como um eco sombrio do passado.

Enquanto ele se aproximava do evento, a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer se intensificou. Meu coração, agora repleto de temor e incerteza, continuou a clamar a Deus por orientação e proteção. "Senhor, se esta é a personificação do maior pecador, eu imploro que guie minha mão e minha alma para cumprir o propósito que o Senhor me deu. Que a justiça divina prevaleça sobre a escuridão que se aproxima."

A aparição das máquinas de cassino nos ombros dos homens, juntamente com o nome "Jackpot," reforçou minhas suspeitas sobre a avareza que permeava aquele lugar. A avareza, um dos pecados mais visíveis em meus olhos, agora estava manifesta diante de mim de uma maneira literal. Eu mordi meus lábios, tentando conter a raiva e o desejo de agir precipitadamente naquele momento.

Jackpot, como ele se apresentou, continuou a explicar a situação, mencionando o cofre que abrigava o ouro de famílias mafiosas aliadas. Essas revelações faziam sentido em relação à natureza corrupta do local e à minha missão de purificação. A oportunidade de punir um grande número de mafiosos e trazer justiça para aqueles que haviam sido oprimidos era tentadora, mesmo que isso significasse cooperar com alguém que poderia ser a própria personificação do mal.

[...]

Os quatro minutos concedidos para planejar uma estratégia pareciam passar voando, mas em meio a esse curto intervalo, uma ideia surgiu em minha mente como se fosse uma dica divina. A estratégia que se formava em meus pensamentos me permitiria realizar minha missão de purificação, mesmo sem me aliar com os outros presentes naquele lugar, que, de acordo com minha avaliação, eram um "poço de pecados."

Com determinação, procurei por uma folha grande e algo para escrever, mesmo que aquela ação fosse inconveniente e chamasse a atenção naquele momento. Caso tivesse sucesso em minha procura, escreveria em letras grandes: "Ele irá voltar!" Era uma referência clara à futura volta de Jesus para a Terra, uma mensagem que eu esperava transmitir de alguma forma naquele lugar impregnado de pecados e também usar em contribuição naquela missão.

—— Podem subir e procurar o quê vocês buscam, irei enrola-los por algum tempo aqui embaixo, tentem se dividir por andares de forma furtiva, tentem demonstrar um pouco de suas auras para que eu possa saber para onde levar esses malditos pecadores, assim poderemos maximizar o tempo dos objetivos. —— Falei em um tom audível de voz, mas sem demonstrar nenhum sentimento em meu semblante.

Depois de ter a mensagem escrita e ter feito a explicação para o grupo, me dirigiria até a cortina mais próxima. Com firmeza, rasgaria um pedaço dela, criando assim uma espécie de mordaça improvisada. Coloquei-a em minha boca, amarrando-a atrás da cabeça, esperava que aquele bando de idiotas pecadores entendessem o que eu estava planejando. Após usar um pedaço da cortina para criar uma mordaça improvisada, decidi arrancar um pedaço maior da mesma cortina. Desta vez, o pedaço de tecido seria destinado a amarrar minhas mãos, como parte de minha estratégia. Com o pedaço de pano maior em mãos, estendi-o para frente, esperando que alguém naquele lugar, mesmo que fossem pecadores, entendessem minha intenção e me ajudasse a amarrar minhas mãos.

Com tudo preparado, eu pegaria o possível papel que usei para escrever as palavras e me dirigiria para perto da entrada, escolhendo um local em que pudesse ser visto do lado de fora. Minha intenção era criar a ilusão de que eu era um refém, alguém fraco e inofensivo. Usaria minha aparência e a mordaça improvisada em minha boca para enganar aqueles que chegariam ao local, fazendo-os acreditar que eu estava sob ameaça.

Enquanto me posicionava perto da entrada, começaria a relembrar das antigas memórias do desastre da igreja. Os eventos traumáticos que vivi seriam evocados, e eu permitiria que as lágrimas começassem a fluir. Minhas lágrimas, combinadas com a mordaça e a mensagem escrita em minha mão, dariam mais credibilidade à minha atuação, reforçando a ilusão de que eu era um refém indefeso. Por fim ativaria o Zetsu para esconder o nen existente em meu corpo e o resto de meu plano estaria nas mãos daqueles homens que lá já estavam, a verdadeira pergunta era: será que eles vão seguir meu plano?

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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Souji Dom Out 29, 2023 5:55 pm





ㅤ  ㅤㅤ A revelação do organizador daquele evento foi uma tremenda decepção para mim. Jackpot não parecia ter envolvimento com o que eu buscava; ele era diferente da pessoa que havia matado minha família e a forma que ele lidava com a situação deixava isso bem explicito: ele se divertia com aquela avareza, e, tratava todos ali como "amigos". Por mais sádico que pudesse ser, eu percebi que aquilo não seria apenas um joguinho sanguinário, talvez, tivesse algo a mais. Mesmo que fosse diferente do sicário que eu buscava, havia algo nele que me trouxe aquelas memórias, fazendo com que me recordasse daquele dia e sentir as cicatrizes no meu corpo coçarem.

ㅤ  ㅤㅤ Suei frio por aquele minuto antes de respirar fundo e retomar para mim. Jackpot também era forte, forte o suficiente para ter confiança de que aquele plano megalomaníaco daria certo. Forte o suficiente para já ter invadido e esvaziado completamente o prédio ━ ele estava mesmo sozinho? Não dava para saber. Mas, se aquele prédio fosse mesmo uma fachada para um cofre das máfias, ele ter subjugado completamente o edifício sozinho era um feito extremamente incrível. Afinal, a mafia não seria tola de deixar o local desprotegido, deveria haver uma segurança bastante robusta. Ele sequer parecia cansado. Ele sequer havia deixado rastros de combate.

ㅤ  ㅤㅤ Jackpot era poderoso, por isso me recordou dele.

ㅤ  ㅤㅤ Ele também era inteligente, reunir várias pessoas ali e ter todas essas informações? Era incrível. Eu o admirei. E naquele momento, eu quis ser como ele. Queria ter aquele poder para subjugar quem eu quisesse, e, mais que isso: queria ter acesso as informações. Aquelas características ajudariam na minha vingança. Mas, eu ainda não sabia se aquilo tudo que ele havia dito era verdade, e eu não confiava completamente em suas palavras: e se apenas estivesse usando-nos para uma diversão fúnebre? E, se, no final de tudo não dividisse o dinheiro, mas exterminasse cada um de nós? Haviam muitas dúvidas ali, mas eu estava bastante curioso para descobrir o desfecho. Os dois meliantes tocados foram explodidos pelo próprio azar, e, como eu bem pensei, ele também era um usuário de nen.

ㅤ  ㅤㅤ Olhei ao redor e percebi que poucas pessoas ficaram surpresas com a técnica de nen dele, o que demonstrava novamente que provavelmente outros usuários de nen estavam ali. Foi então que eu usei aqueles quatro minutos para fazer algumas preposições.

ㅤ  ㅤㅤ A primeira: Jackpot conseguiria lidar facilmente com os policias e mafiosos, não estávamos ali para lidar com eles. Ao menos que ele soubesse que algum usuário de nen poderoso foi contratado pela máfia e nos convocou para lidar com este específico. Mas era pouco provável.

ㅤ  ㅤㅤ A segunda: o objetivo proferido pelo Jackpot era "sobreviver". Não incluía nada de ter que lutar diretamente com a polícia. Aquelas instruções vagas me levaram para o terceiro ponto e último.

ㅤ  ㅤㅤ O perigo não era a polícia, mas todos os outros que estavam ali embaixo. Afinal, a recompensa seria "dividida", certo? Usuários de nen podiam ser gananciosos; policia e membros da mafia que não são usuários de nen seriam faceis de lidar, mas, e quanto aos outros que ali estavam? Talvez almejassem diminuir a divisão eliminando o máximo de pessoas possíveis com quais precisariam dividir a recompensa.

ㅤ  ㅤㅤ Aquilo se tornaria uma chacina. E não dava para confiar em absolutamente ninguém. Principalmente considerando que as luzes seriam desligadas. Era tudo muito problemático, e eu tinha pouco tempo para tomar uma decisão. Quando começassem a usar suas técnicas de Nen, tudo se tornaria bastante imprevisível. E essa conclusão ainda aumentou minha admiração por Jackpot: ele com certeza sabia dos riscos que estava correndo quando chamou todos ali, mas, sequer se importou.

ㅤ  ㅤㅤ Um pirralho irritante tomou a frente, quase me distraindo, a ideia dele era completamente suicida. Se fingir de refém, para que? Era a máfia e policiais corruptos, afinal, não estariam colaborando com a máfia se não o fossem. Além de tudo isso, ele inclusive pediu para que amarrassem suas mãos. Ele não entendeu: não dava para confiar em ninguém que estava ali. Ele ficaria exposto, qualquer pirado poderia simplesmente atacá-lo. Para piorar, ele utilizou Zetsu e ficou exposto.

ㅤ  ㅤㅤ Eu decidi simplesmente me omitir daquilo, aproveitei que ele estava chamando atenção e deslizei pelos cantos em busca de alguma informação importante. Como eu já havia observado o edifício anteriormente, talvez fosse mais fácil encontrar algo antes que as luzes apagassem: algum tipo de mapa de edifício ou até mesmo uma planta. Queria principalmente saber se havia algum andar com potenciais documentos guardados, com um escritório de segurança, de arquitetura e engenharis, ou de administração. Com isso, eu poderia simplesmente me esgueirar para tal sala e buscar uma planta robusta do edifício para verificar qual andar seria o mais provável de se ter o cofre. Também gravei o percurso para as escadas, e tomei cuidado para caso alguém demostrasse alguma hostilidade.






                          
 
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Shinra Dom Out 29, 2023 8:46 pm


長谷川
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Kurta Kenjiro


— 18:30. Yorknew.
Foi um gosto amargo. Como o café expelido no corpo, horas atrás. Aparentemente não era hoje que diria bonjour ao Exército do Continente Negro. Pelo contrário, o meu motivo do dia era um homem haurindo gasolina, e um charuto cubano que fazia enfeite a toda a personalidade alcatraz.

Seu nome é Jackpot, e o apelido faz crescer todo o sentimento que o envolve: um plano.

Tive um sentimento esquisito de que eu ouviria muito isso, ouviria até demais, nos próximos capítulos que andam redigindo a minha vida.

Hoje não é seu dia de sorte. — O homem diz; sua voz é grave, talvez fonte de um possível vício ao tabaco. Os cassinos que revelam a habilidade e também exposição de um usuário de Nen, aparentemente mostram um caminho a ser seguido com as cabeças sendo implodidas no vermelho que marcou o canto da recepção. Um sangue marcante como Jackpot quis ser, proposital. Se eu não estivesse sentado no canto do lugar, talvez seria eu, a cabeça estourada marcando surpresa para os demais presentes ali.

Foi um sentimento de estar perto do meu real objetivo, e ao mesmo tempo não. Uma agonia que sufoca meu estômago. O ar dentro de mim, sufoca a minha alma como a pressa de condenar o que me foi destruído. Eu preciso resolver esse enigma logo, o tempo está passando. Jackpot parece saber alguma coisa que eu precisava saber, e isso me fez mais do que suficiente ouvir todo o ‘’show business’’ que ele queria apresentar.

Dois minutos. Em dez segundos nesse timing, o vermelho escondido pelo colírio da minha íris borbulha como o sangue marcado na sala. Um vermelho agridoce que me causou espasmos.

De qualquer forma, estava ali, no meio da bomba-relógio. Eu precisava de um álibi para chegar a Jackpot — eu precisava saber quem era ele, o por que da carta, se aquela carta foi realmente ele quem a escreveu, ou se tudo não passava de uma mera coincidência. Além do mais, saber do meu desejo ganancioso por dinheiro. Era como se me conhecesse, dos fantasmas, até o profundo da minha alma. Como se estivesse me observando.

Não, não era mera coincidência.

Minha atenção é direcionada a imediatamente um rapaz de estatura baixa, que me parecia um pouco insano, bolando o seu plano. Na minha visão, aquilo claramente passou a ideia de algo totalmente suicida. Ele me passava a sensação de alguém inofensivo, mas só pelo fato de ter restringido a sua aura, isso já me deu um motivo maior — um usuário de Nen, portanto, não era uma pessoa totalmente inofensiva. Ou pelo menos, foi o que deu a entender com a experiência que tive com outras pessoas a saber da técnica de exposição da aura.

Eu precisava de jogar xadrez no tabuleiro proposto de Jackpot, talvez, essa seria a brincadeira para testar sua confiança.

Então como sempre, eu tive uma ideia;

— Nós estamos mortos. Eu conheço esse homem — Eu disse a dupla de homens ao meu lado. Vestiam trapos, ao invés de vestes sofisticadas como a maioria na demanda de Yorknew, mas com tattos marcantes. O olhar de ambos davam ênfase na aproximação bestial de um ser, do que propriamente dizendo um ser humano, como se fossem blockers de um escritório Yakuza.

Nota: blocker — ou ‘’avião’’ — é um termo criminal de fiéis membros de uma organização criminosa que são fantasmas de seus superiores, servindo como cobaias ‘’suicidas’’, digamos assim, para serem presos em seus lugares, ou mesmo sacrificando suas vidas em prol de seus mentores.

Talvez, fossem. — Do que você tá falando, animal? — Respondeu o da esquerda. Ostentava um facão em seu ombro largo. — É difícil engolir, mas caímos em uma armadilha. — Respondo, e ajeito o óculos com a ponta do dedo, para que a mente possa trabalhar.

— Armadilha? Desembucha, cara. — Retrucou.

Fui seguindo o trajeto do pequeno jovem a entrada do saguão, enquanto minha voz dançava uma canção que devia ser sintonizada com aqueles homens. — Jackpot é claramente um bode expiatório. Você não consegue enxergar?

— Esse homem é um Gaijin (nota: estrangeiro), olhe bem para ele. Isso aqui tudo foi arquitetado.

Tic, toc. Meu cérebro precisava entranhar os fios-de-nylon.

— Ele não vai dividir o prêmio, ele fez tudo isso para que as pessoas se matassem até que ele consiga o prêmio. — Dei ênfase na palavra ‘’prêmio’’, para que o meu tom ecoasse com certa imposição. Como de alguém que estivesse tranquilo, que sabe o que está falando. Porém, por dentro, meus nervos estavam à-flor-da-pele, como se sentisse todos os meus órgãos sendo palpitados como o cassino materializado pelo homem a ser comentado no salão.

— É matar ou morrer, entende? — Um pouco do meu olhar foi saltado para fora do óculos, encarando em cheio, a dupla. — Se não formos atrás dele, os homens lá fora irão atrás de nós. Nós estamos em um jogo de dama, não tem onde correr. — Foi onde tentei entrar na mente dos dois.

— O melhor a se fazer, é o que ele mesmo disse. Se aliarmos. — Percebi que minha voz começou a ser escutada pelo silêncio que se instalou na verdade, pelos seus olhares focados na minha oratória. — Se eu fosse vocês, eu daria ouvidos à máfia do outro lado. Afinal… — Fitei as tattoos, simbologia marcante de um Yakuza na cultura japonesa — não acho que seria legal o escritório de onde vieram, saber que estão fazendo negócios ‘’fora da curva’’.

O da direita grunhiu. — Droga, Kazumi, porra! — Ele então se viu muito confuso no que iria fazer. Se minha ideia daria certo ou não, ela tinha um endereço para que funcionasse. — Vocês sabem onde eles estão. — A entrada onde o garoto se viu fingindo como um refém, para que a dupla fosse na sua frente, inspirada pelo que eu havia dito.

Ou seja, ganhar tempo.

Fui então, ao segundo ato, o garoto. Ele parecia peculiar demais, uma figura que pareceu interessante encaixar naquele jogo. Algo me disse, não só pelo fato de neutralizar o Nen, que vê-lo morrer não seria uma ideia inicialmente interessante naquela situação.

Puxei as suas mãos, e o amarrei com o cadarço do sapato de um cadáver anteriormente impelido pelo Nen de Jackpot. Dava um ar maior agora, as amarras estavam sujas de sangue. Seu plano não era uma lá uma ideia muito extravagante, mas se eu entrasse no seu jogo, eu teria uma torre no xadrez do homem que iniciou aquele tabuleiro.

— Aqui está. — Retruquei ao seu pedido.

Depois disso, eu esperei o futuro da situação. Queria me agrupar mentalmente do que estava acontecendo lá fora, para se ter uma ideia maior. Esperei primeiro o resultado das ações dos homens a qual me digeri a palavra, e o comportamento da polícia e a máfia com o noviço a beirar o portão.

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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Luka Kagane Ter Out 31, 2023 9:35 pm


Que os Jogos começem



A trama finalmente se desenrolava, em meio a tensão dos convidados que ali esperavam, uma voz rouca ecoa no salão.

Um homem, que parecia ser da máfia, alto, de pele escura e cabelos pretos. Tinha uma aura maligna, o que fez o sorriso de Luka despencar lentamente. O garoto não gostava de pessoas chatas ou sérias demais e naquele momento, dava pra sentir que o homem estava com sede de sangue.

Ele repousou suas mãos nos ombros de dois dos convidados, no momento seguinte, duas máquinas de cassino apareceram neles.

Observar o hatsu de alguém em ação pode falar muito sobre ele. No caso do Jackpot, o fator sorte era bem presente em sua ativação, precisar de contato também parecia ser um requisito. Suas palavras seguintes pareciam confirmar as suspeitas do jovem sobre o caráter dele.

Aquilo tudo não passava de um jogo. Aos perdedores, a morte, seja pela máfia, seja pelos seus colegas buscando o prêmio, ou até mesmo o próprio Jackpot. Ao ouvir a explosão dos dois que tentaram sair do "jogo" a mensagem ficou muito clara para Luka, ninguém sai até termos um vencedor.

A mente de Luka começou a calcular, o número de pessoas, o tamanho do prédio, pelos seus calculos, seria quase impossível cobrir uma área tão grande com esse curto limite de tempo. Enquanto ele pensava em uma estratégia, parecia que outras pessoas já estavam colocando seus planos em ação.

Um garoto jovem parecia querer servir de "isca" para distratir a máfia. Distrair a máfia, encontrar o cofre e sair com vida. Foi então que Luka finalmente juntou suas peças, e seu plano tinha uma forma. O jovem agora com as mãos amarradas passava por mim, indo em direção a porta, quando eu falei alto o suficiente para que ele conseguisse me ouvir.

— Ultimo Andar.

Andando em direção a uma jovem que parecia ainda estar decidindo o que fazer, Luka se aproxima sorrindo e fala com uma voz inocente.

— Nee-san... Vamos nos esconder, eles vão vir atrás de nós.

Dizendo isso, Luka vai em passos rápidos em direção as escadas, ao chegar começa sua subida em passos rápidos. Era um design comum em hotéis de luxo e prédios para uso comercial colocar o escritório e área administrativa no ultimo andar com vista panorâmica, a melhor chance do garoto de conseguir chegar no cofre antes dos outros, era começar sua busca cedo.
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

Publicado por Agony Sex Nov 03, 2023 10:26 am

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Trupe FantasmaLil Mayer
— Aguardei durante alguns poucos minutos naquele local, já infestado pela presença de outros   marginais. Perguntei-me, por um instante, se aquilo poderia ser uma armadilha. Meus olhares buscaram os horizontes ao meu redor, fitando nos rostos de cada um que se punham no grandioso salão. Alguns possuíam um aspecto deplorável; Advindos das partes mais insalubres daquele município. Já outros, de terno e gravata, pareciam ter sido atraídos somente pela estrutura admirável do grande edifício. Mantive os braços cruzados, e então, baixei a cabeça, aguardando pelo que aconteceria depois. A espera não foi demorada, no entanto.

A presença anunciada do anfitrião pôs-se de forma imponente. Jackpot, como se apresentou, possuía uma aparência reconhecível; Eu nunca o vi em minha vida, mas ao mesmo tempo, era como se ele fosse uma figura familiar. Arqueei a sobrancelha esquerda, mantendo minhas atenções nas falas crípticas daquele homem. Nos ousava perguntar se estávamos com sorte naquele dia. Bati o dedo indicador por algumas vezes em meu cotovelo, apresentando alguns poucos sinais de ansiedade. Ele, então, cruzou o salão em busca de dois que estavam no extremo oposto de sua direção, agarrados à porta de saída. Ao tocá-los, máquinas de cassino giratórias surgiram em seus ombros. Naquele instante, eu já sabia o que estava havendo.

— "Curioso." — Murmurei, silenciosamente em minha mente. — "Cinco minutos para o desastre. É uma bela festa de apresentação, Jackpot. Mas não consigo encontrar o meu par para o baile..." — Continuei, observando o desfecho daquela situação.

Os homens, aterrorizados pelas poucas palavras ditas por Jackpot, tentaram se salvar daquela situação inescapável, cruzando a porta aos prantos em busca de uma chance de viver. Seus corpos, poucos segundos depois, foram reduzidos a poças de sangue. Uma explosão audível a vários metros, que fez chover sangue sobre toda a fachada do grande prédio. Meus olhares se tornaram afiados naquele momento. Jackpot queria dividir o prêmio com aqueles que sobrevivessem, não é? Sobreviver era a minha maior especialidade. Levei uma das mãos até abaixo de meus trajes negros, buscando encontrar a pistola que mantinha sempre comigo. Porém, antes mesmo que pudesse fazê-lo, via a ação completamente idiota de um garoto de cabelos longos que se encontrava naquela sala. Ele pretendia passar-se por um refém e se colocar a frente do prédio para que pudéssemos ganhar tempo? — "Vai mesmo confiar sua vida àqueles que matariam-lhe pelas costas sem pestanejar? A empatia, de fato, é o problema do ser humano." — Ditei, virando-me para a outra direção.

Observei a sala com cuidado. A energia seria cortada, então, os desesperados que corressem até o elevador estariam trancafiados em um limbo imóvel, prestes a desabar para seu fim trágico. A escada era uma opção viável, mas estaria tão empestada de "competidores" quanto o próprio elevador. Por outro lado, não haviam muitas opções que nos restavam naquele meio. O objetivo era sobreviver. Eu não precisaria levantar um dedo sequer contra os outros. Que todos se matem enquanto eu fico no topo. Dei um único passo na direção da escadaria, até que um outro pequeno aproximou-se de mim, chamando-me por um apelido carinhoso antes de me dizer para que seguíssemos até a escada.

— "Uh?" — Arregalei as órbitas por um instante, ao perceber que estava falando comigo. — "Você não deveria confiar tanto assim nos desconhecidos, garoto. Mas acho também que você não é tão inocente quanto parece." — Ditei, em um tom de voz monótono, ainda que sério.

Então, o segui até as escadarias. Buscaria ser a primeira - Ou estar entre, ao menos, os primeiros a alcançá-la. Não permitiria que meu caminho fosse obstruído. E se havia uma coisa que não me importaria em fazer é matar. Aquilo não era o seu jogo ordinário, era uma competição pelo último homem de pé. Que viessem todos, então.

Sentiriam o gosto de aço das minhas balas.

Informações:
HP:
170/170

NP:
160/160

ST:
170/170

 

                          
 
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Re: [Aventura Paralela - T.F] Mil x Andares x Rubros

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