[FICHA] Koi Fish

Personalidade

Koi Fish tem trejeitos fofos, sendo bastante respeitoso e educado, em razão da criação rigorosa que sua avó lhe concedeu. Contudo, como sua avó também era uma assassina, essa delicadeza e cuidado na forma de agir com os outros se torna absolutamente contraditória, já que ele é também um assassino. Em razão disso, muitas vezes ele tem diversas dificuldades em interações sociais, e, quando tem a chance de conversar com algum dos seus alvos, eles podem acabar achando a doçura no tratamento completamente bizarra ao perceberem que ele veio para ceifar-lhes a vida.

Vale ressaltar, também, que Koi não guarda rancor e nem leva nada para o pessoal. Então, se alguém faz algo que o magoa, ele consegue ignorar com facilidade e seguir com sua vida. Além disso, se alguém tenta matá-lo, ele não busca se vingar, mas apenas matar de volta se julgar indispensável para a sua segurança, sendo até mesmo capaz de trabalhar com a pessoa posteriormente sem qualquer ressentimento. É por isso, também, que se possui uma dívida de gratidão com alguém que é seu alvo, não lhe parece contraditório pagar a dívida e logo depois assassinar a pessoa, já que não é nada pessoal. O garoto raramente nega algum contrato de trabalho, já que seu grande sonho é se tornar o maior assassino do mundo.

Sempre esteve sozinho ou com sua avó, motivo pelo qual possui diversas dificuldades de interações sociais e muitas vezes se choca com o fato de que os valores que sua avó lhe ensinou não são universais, mas bem peculiares para assassinos.

Também por causa das dificuldades de interações, ainda possui trejeitos um tanto quanto infantis. Às vezes, resmunga como uma criança birrenta. Via de regra, fala baixo e de forma tímica, um tanto quanto para dentro, a não ser que se perceba empolgado, momento em que costuma ficar imaginativo, aumentar um pouco o tom de voz e trazer um tom de divertimento. Gosta de coisas como fantasmas, yokais, alienígenas, robôs e coisas do gênero.


Aparência
Koi possui estatura mediana, com o corpo bem definido pelos seus treinamentos ninjas mas sem músculos aparentes. Possui uma altura usual para a sua idade, 1,70m, além de 68kg, o que também está na média. O que realmente chama atenção em sua aparência são os fios brancos-prateados do seu cabelo, que são bastante incomuns . Além disso, o garoto, muitas vezes, usa uma máscara negra para cobrir seu rosto, bem como outros trajes ninjas.

Quanto aos trajes ninjas, muitas vezes eles são usados por debaixo de roupas menos chamativas, costumando consistir em uma túnica de tecido leve e completamente negra bem colada ao corpo,  em que a calça e a camisa são unidas no estilo macacão, com uma máscara estilo balaclava e um capuz também integrando a vestimenta. Por cima dela, também traja um colete discreto e com diversos bolsos. É por cima de todo esse conjunto que coloca suas roupas padrões, quando quer ser discreto, sendo elas, via de regras, camisetas simples pretas ou cinzas e calças comuns.


Biografia
Um dia, Koi Fish perguntou para a sua vovó de onde vem as crianças.

A resposta dela foi o usual: algumas vem em gaivotas, outras nascem de repolhos, a maioria de um beijo entre o papai e a mamãe, mas os mais especiais, disse ela, eram os casos como o dele, as crianças que vinham do mercado negro. De acordo com ela, no dia em que ele foi comprado houve uma tentativa de pechinchar ao máximo, apesar de o vendedor ser exímio em persuasão. No final das contas, terminou pagando caríssimo, mas tinha um forte pressentimento de que ainda assim sairia lucrando. Por vezes, ela fazia cafuné em seu neto e dizia que seu pressentimento se confirmou correto posteriormente, quando ela percebeu as aptidões do seu garotinho. Koi Fish sempre ficava feliz ao ouvir isso. Afinal, foi a sua vovó quem lhe ensinou tudo o que sabia: que o cliente sempre tem razão, que nunca é bom guardar rancor ou levar as coisas pro pessoal e que é errado matar pessoas, se for deixar rastros.

Também foi ela quem o ensinou tudo o que sabia sobre anatomia, assassinato, como usar a kusarigama e outras armas ninjas, fazer orçamentos de missões, se ocultar nas sombras e captar clientes no submundo. As duas últimas são extremamentes contraditórias, afinal, como divulgar o seu trabalho e ao mesmo tempo permanecer anônimo?  "Use uma alcunha. Ou várias. E quando você lutar, Koi, lute sempre sujo. Apenas idiotas são honestos em um combate de vida ou morte", ela lhe dizia. "Afinal de contas, no mundo dos assassinos profissionais, quanto mais limpo e rápido o trabalho, melhor. E não existe propaganda melhor do que um bom trabalho."

O garoto viveu toda a sua vida em um treinamento intenso para atender aos desejos da velhinha. Pulava muros, se pendurava de cabeça para baixo e limpava um chão sujo de chão como ninguém. Segundo ela, um dos argumentos utilizados pelo vendedor para que o garoto fosse comprado era que ele provavelmente seria um grande assassino, se puxasse aos pais. Os dois eram jovens, românticos e apaixonados. Surgiram nos holofotes do submundo e fizeram uma carreira estrondosa, ascendendo rapidamente e sendo reconhecidos como grandes profissionais. Um dia, pegaram um contrato maior do que suas capacidades. Eram jovens, românticos e imprudentes. "Você nunca deve ser estúpido como eles, tudo bem?" e ele apenas assentia. Outra vantagem comercial que a senhorinha havia obtido em tê-lo comprado era a ausência de registro, tendo um passado completamente limpo, em razão da vida pretérita dos seus genitores. "Eu amo apenas os garotos que não me dão trabalho".

Cresceu fazendo serviços e cuidando dela, usando suas habilidades para pagar as contas da casa e os remédios necessários, conforme a saúde da progenitora se deteriorava e suas capacidades sumiam. Durante todo o tempo em que os dois se relacionaram, cerca de dez anos, sempre foi extremamente educado e grato por todo o cuidado e ensinamentos. Tudo o que ele era havia vindo dela, pois, afinal de contas, ela sempre evitou que ele se relacionasse com outras pessoas.

Koi até hoje sente bastante orgulho por si próprio pelo respeito, obediência e cuidado que sempre teve com ela. É por esse motivo que, no momento em que ela faleceu, percebeu que não possuía nenhum arrependimento, pois havia sido um ótimo neto. É claro que sentiria muita falta, havia sido mimado até demais,  com tortas de limão, pudim, bolo e macarrão instantâneo à vontade. Talvez nunca encontrasse ninguém que soubesse cozinhar como ela, nem ninguém que soubesse encontrar uma carótida usando um dardo com tanta facilidade.

Em um outro dia, em algum momento entre os seus 6 e 10 anos de idade, perguntou para a sua avó o motivo do seu nome ser Koi Fish, uma nomeação muito estranha. Ela lhe disse que  foi por causa de uma lenda sobre um peixe que nadava contra a queda de uma poderosa cachoeira e alcançava o topo, sendo, então, abençoado pelos deuses e se tornando um dragão. Posteriormente, Koi descobriu, ao ouvi-la conversar com um cliente, que era tudo uma grande mentira e que foi pura falta criatividade. Foi simplesmente a primeira coisa que a agora defunta viu ao sair do mercado em que o comprou. De qualquer forma, o assassino mirim gosta da primeira história, pelo que decidiu nadar contra a correnteza e se tornar o maior assassino do mundo para que ela sinta muito orgulho dele do Paraíso dos Assassinos, que é para onde os profissionais mais comportados vão.